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Comportamento Seguro

3. COMPORTAMENTO SEGURO

3.1 - Relações Interpessoais no Trânsito – Papéis - Para que sejam alcançados resultados positivos quando se vive em sociedade, é necessário que cada um cumpra seu papel. No trânsito nos deparamos com os diferentes papéis como:

3.1.1 - O Papel do Motorista - Você fazendo parte do sistema de trânsito estará desempenhando um papel - condutor de um veículo.

É no trânsito que os relacionamentos ou a capacidade de relacionar-se vai evidenciar as características da personalidade de cada um.

O trânsito é uma forma de expressão do sistema sócio-econômico de uma cidade. Isto é, no trânsito as pessoas (motoristas, pedestres, passageiros, policiais, etc,.) manifestam seu comportamento, sua capacidade de ajustamento ou desajustamento social e emocional, mas formas ou maneiras de perceber as situações, num todo ou em partes, com maiores ou menores detalhes. Expressam suas formas de apropriação ou ocupação de espaço. Tudo isto irá contribuir para um trânsito mais seguro ou inseguro, organizado ou desorganizado, para um aumento ou redução do número de acidentes.

O sistema de trânsito é composto e deve ser analisado sob um trinômio (triângulo):

HOMEM – VIA - EÍCULO

O elemento básico deste triângulo é o homem, representando diferentes papéis:

Profissionais, população (pedestres, autoridades,  outros motoristas), governo (órgãos públicos, fiscalização,

 policiais de trânsito, etc.)

3.1.2  - Papel da Autoridade - A estas pessoas cabe toda a condição de construção, cuidados e sinalizações das vias, sejam elas urbanas ou rodoviárias, estatais ou privadas,  fazendo cumprir as leis e determinações do trânsito, etc,.

3.1.3. O Papel da Comunidade - Cabe através de representações comunitárias, desenvolver campanhas de Educação para o Trânsito; exigir junto ao setor público condições de melhorias e correções para a sua comunidade, auxiliar as autoridades no cumprimento das leis.

3.1.4. O Papel dos Fornecedores - Numa condição de empresas que prestam serviços à comunidade, fornecer a melhor qualidade possível, (em veículos e materiais) para que possam contribuir para a segurança  e bem estar daqueles à quem atendem.

3.1.5. O Papel do Cidadão - A este cabe o papel de respeitar o seu próprio espaço e o espaço dos outros, a fim de conviver em harmonia. Na condição de pedestre ou de condutor deverá avaliar e respeitar  as regras de circulação e a sinalização de trânsito, procurando para isso educar-se dentro das normas vigentes.

 

3.2 - Fatores que Facilitam ou Dificultam o Desenvolvimento do Comportamento Seguro - Condutor - potencialidade e limitações - Para se entender porque uma pessoa age desta ou daquela maneira, precisamos entender o que a torna diferente dos demais - personalidade.

Personalidade é o conjunto total de características que torna o indivíduo único e diferente dos outros. Revela-se através da conduta de uma pessoa e das reações dos demais perante esta conduta. Os fatores que determinam a personalidade são: a herança biológica, o ambiente e a idade.

Para melhorar as relações interpessoais é necessário que considere-se as Diferenças Individuais que são as várias formas em que os indivíduos se destinguem uns dos outros, sejam nos aspectos físicos, psíquicos, intelectuais, emocionais ou sociais.

Ao nascer, a pessoa traz consigo uma herança biológica que somada as experiências que vai desenvolver no ambiente em que vive, constitui a sua personalidade. Portanto, pode-se afirmar que o comportamento ou a forma de reagir as situações de vida poderão caracterizar-se como seguras ou inseguras a partir de uma aprendizagem.

Potencialidades podem ser desenvolvidas e treinadas através de um processo que possibilite ao ser humano a aquisição de novos conhecimentos  que ajudem na alteração de seu comportamento. Contudo, podem apresentar-se limitações (barreiras) que o impeçam de alcançar objetivos como: capacidade física (intelectual, visual, motora, etc,.), capacidade emocional (traumas, bloqueios, etc,.).

A - Condições Físicas e Mentais - Existem várias teorias do desenvolvimento humano em Psicologia. Elas foram construídas a partir de observações, pesquisas com grupos de indivíduos em diferentes faixas etárias ou em diferentes culturas, estudos de casos clínicos, acompanhamento de indivíduos desde o nascimento até a idade adulta..

O desenvolvimento humano refere-se ao desenvolvimento mental e ao crescimento orgânico. O desenvolvimento mental é uma construção contínua, que se caracteriza pelo aparecimento gradativo de estruturas mentais. Estas são formas de organização da atividade mental que vão se aperfeiçoando e se solidificando até o momento em que todas elas, estando plenamente desenvolvidas, caracterizarão um estado de equilíbrio superior quanto aos aspectos da inteligência, vida afetiva e ralações sociais.

Estudar o desenvolvimento humano significa conhecer as características comuns de uma faixa etária, permitindo-nos conhecer as individualidades, o que nos torna mais aptos para a observação e interpretação dos comportamentos.

Importante também será descobrir que o ser humano é determinado pela interação de vários fatores tais como: hereditariedade, crescimento orgânico, maturação neurofisiológica e o meio (padrões de comportamento).

O desenvolvimento humano deve ser entendido como uma globalidade que irá depender de quatro aspectos básicos:

·       aspecto físico-motor (maturação neurofisiológica)

·       aspecto intelectual - capacidade de pensamento, raciocínio

·       aspecto afetivo - emocional - é o modo particular de o indivíduo integras as suas experiências. É o sentir.

·       aspecto social - é a maneira como o indivíduo reage diante das situações que envolvem outras pessoas.

B - Tensões, stress e cansaço - Reconhecer os primeiros sinais de tensão e fazer algo a respeito pode significar uma importante diferença na sua qualidade de vida e até mesmo influenciar sua sobrevivência.

No mundo atual o “stress” nos acompanha quase todo o tempo. Provém da atividade mental ou emocional e da atividade física. É exclusivo e individual para cada um de nós. Tão individual, de fato, que o que pode ser relaxante para uma pessoa, pode ser estressante para outra.

O organismo reage ao “stress” através de três estágios:  1) alerta; 2) resistência; 3) exaustão.

Vamos tomar o exemplo de um motorista em horário de grande movimento. Se um carro subitamente avança o sinal frente dele, a reação de alerta inicial que ele tem pode incluir medo de um acidente, raiva do infrator e frustração. O organismo pode responder ao estado  de alerta, com a liberação do hormônios na corrente sangüínea,  o que causa rubor facial, transpiração, sensação de aperto no estômago e tensão muscular nos braços e pernas.

O estágio seguinte, no qual o organismo separa o distúrbio produzido pelo “stress”. Se, entretanto o “stress” no trânsito tiver seqüência, por contingências como a atividade cotidiana ou congestionamentos freqüentes, o organismo não terá tempo suficiente para se restabelecer. O indivíduo pode se tornar tão condicionado a esperar problemas potenciais ao dirigir, que fica tenso cada vez que se sentar ao volante, podendo vir a desenvolver uma ou mais das doenças do “stress” como enxaqueca, hipertensão arterial, lombalgia e insônia.

Embora seja impossível viver completamente livre de “stress” ou angústia, é possível evitar-se alguma tensão bem como minimizar seu impacto quando ela não pode ser evitada.

B-1.  Como lidar com o “stress” - Ajudando a si próprio Quando o “stress” de fato ocorre, é importante reconhece-lo e saber lidar com ele. Aqui vão algumas sugestões . Quando começar a compreender como o “stress” o afeta, você desenvolverá  suas próprias idéias de como aliviar a tensão.

Reconheça seus limites - Se você estiver diante de um problema além de seu controle e que não pode ser modificado no momento, não lute contra ele. Aprenda a aceitá-lo - por enquanto - até chegar o momento em que possa resolvê-lo.

Compartilhe seu “Stress” - Conversar com alguém sobre seus problemas e preocupações ajuda. Talvez um amigo uma pessoa da família, um professor ou conselheiro possam ajudar você a ver seu problema sob um ângulo diferente. Se você acha que seu problema é grave, é melhor procurar a ajuda profissional de um psiquiatra, psicólogo ou assistente social. Saber quando procurar este tipo de ajuda pode evitar problemas mais graves no futuro.

Procure praticar atividade física - Quando você estiver nervoso, com raiva ou chateado, reduza a pressão através de exercícios ou atividade física. Correr, caminhar, jogar tênis ou trabalhar no jardim são algumas atividades adequadas para isso. O exercício físico alivia a sensação de “opressão”, relaxa e ajuda a transformar as contrações faciais em sorrisos. Lembre-se de que seu corpo e sua mente trabalham juntos.

Cuide-se - Quando você estiver nervoso, com raiva ou chateado, reduza a pressão através de exercícios ou atividade física. Correr, caminhar, jogar tênis ou trabalhar no jardim são algumas atividades adequadas para isso. O exercício físico alivia a sensação de “opressão”, relaxa e ajuda a transformar as contrações faciais em sorrisos. Lembre-se de que seu corpo e sua mente trabalham juntos.

Reserve tempo para distrair-se - Programe seu tempo para o trabalho e tempo para recreação. O lazer pode ser tão importante para o seu bem estar quanto o trabalho. Você necessita de distrações na sua rotina diária de trabalho para relaxar e evitar o “stress”.

Seja participante - Uma forma de evitar o tédio ou se sentir triste solitário é ir onde as coisas estão acontecendo. Ficar sentado sozinho, sem fazer nada, pode deixá-lo frustrado. Ao invés de sentir pena de si mesmo, tente participar de algo bom e produtivo.

 Envolva-se  com as pessoas que precisem de você. Ofereça seus préstimos à vizinhança ou participe de organizações assistenciais como voluntário. Ao ajudar os outros você está ajudando a si próprio. Envolvendo-se com o mundo e com as pessoas ao seu redor, você descobrirá que elas apreciam a sua iniciativa e isso abrirá portas para você fazer novas amizades e desfrutar de uma vida mais interessante.

Organize suas atividades - Tentar fazer tudo ao mesmo tempo pode ser estressante e, como resultado, você acaba não conseguindo fazer nada. Ao invés disso, organize uma lista das tarefas que você tem que realizar e então faça uma de cada vez, eliminando-a da relação até completar todas. Dê prioridade às mais importantes e faça-as primeiro.

D - Medicamentos, álcool e drogas - O ser humano tem por natureza reagir as sensações de desconforto. Quando é bebê e sente fome, chora para que lhe seja satisfeita tal necessidade. Assim como quando está com frio, calor, etc,.

Dessa forma, aprende com as experiência em contato com o mundo a desejar o prazer e evitar a dor.

Desde quando é criança sabe que os medicamentos evitam “dores”, assiste constantemente ao adulto que se automedica ou que ingere algum tipo de bebida nas situações de nervosismo. Se o procedimento é contínuo poderá instalar-se gradativamente o que se denomina de Dependência Psicológica e Dependência Física.

Na dependência psicológica observa-se:

1.    Todas as drogas podem produzir

2.    Não existe um padrão típico de perturbações físicas após a suspensão

3.    Desejo - vontade de consumir

4.    Não há tolerância

5.    Prejudicial ao indivíduo

6.    É mais resistente para a cura

Na dependência física observa-se - Depois que uma certa dose circulou no corpo por algum tempo, essa porção passa a fazer parte da “química do corpo” de tal modo que o funcionamento normal se torna impossível.

“O vício é tão físico, tão urgente e tão implacável, como a necessidade da água para o homem sedento” .(De Ropp)

1.    Algumas drogas (álcool, morfina, heroína, alguns tranqüilizantes, barbitúricos, codeína)

2.    Síndrome de abstinência

3.    Necessidade fisiológica - obrigação de consumir

4.    Dá tolerância (a pessoa necessita do aumento da dose)

5.    Prejudicial ao indivíduo à sua família, à sociedade.

6.    Requer desintoxicação clínica.

Segundo a OMS - Organização Mundial da Saúde, é considerado DROGA, “ toda substância que, por sua natureza afeta a estrutura e o funcionamento de um organismo vivo.”

No trânsito este é um aspecto de vital importância uma vez que tanto medicamentos quanto as outras drogas causam transformações químicas no organismo (distribuição, ação, armazenamento, saída) e atuam diretamente no SNC - Sistema Nervoso Central gerando alterações do tipo: embaçamento do juízo, alteração do espaço e do tempo, desvirtuamento sensorial, perda do equilíbrio, psicoses, delírios.

Condições Climáticas - Assim como existem fatores que agem internamente causando reações no SNC - Sistema Nervoso Central, existem fatores externos que também são agentes de mudanças no ser humano, como no estado de ânimo (irritabilidade) , nos movimentos (rapidez ou lentidão), na capacidade visual e auditiva que poderão ser causadores de maiores dificuldades para o condutor.

 

3.2 - A atenção; percepção como determinantes do comportamento seguro - Toda a ação humana é determinada pela constituição e funcionamento do aparelho psíquico. Destacamos que o desempenho do condutor está diretamente relacionado com todo o funcionamento físico e emocional e para isto assinalamos a importância de algumas áreas .

- Atenção - ara dirigir é necessário ter uma capacidade de atenção que lhe possibilite identificar as mensagens que o trânsito demanda e tomar as atitudes que lhe dizem respeito para manter sua segurança e a dos outros.

Percepção - Em conjunto com a atenção, esta área do pensamento vem a ser o processo pelo qual toma-se conhecimento do mundo externo.

O processo de percepção

SENTIDOS

 

Audição

Visão

Tato

Olfato

Paladar

P

E

R

C

E

P

Ç

Ã

O

MUNDO EXTERNO

 

Fatos

 

Pessoas

 

Objetos

Dessa forma, verificamos que existem fatores que interferem na percepção:

·       experiências passadas;

·       diferenças individuais;

·       estado emocional;

·       interesse;

preconceito.

Igualmente, observa-se que existem algumas condições para que aumente a precisão das percepções, que são:

·       auto-conhecimento;

·       flexibilidade;

·       equilíbrio ou ajustamento interno;

·       julgamentos baseados em fatos.

Conforme nos relata Reinier J. A. Rozestraten e Atico J. Dottan ao escrever sobre Os sinais de Trânsito e o Comportamento Seguro, “ A condução de um veículo está  matizada pelo caráter que cada um possui . No trânsito funciona o homem inteiro com suas neuroses e frustrações, e o veículo com que se constitui  no espelho do condutor. O condutor deve a todo momento, comparar os perigos que ele percebe, com os riscos que ele tolera”. Ressalta ainda, que: “dirigir é observar (dirigir o olhar para), analisar, prever e antecipar situações.

O processo de interação humana supõe necessariamente a comunicação. Estamos sempre comunicando algo,  seja través de palavras, gestos, postura corporal, etc,.

No trânsito o sistema de comunicação é variado e complexo. Temos meios de comunicação visual, sonoro, gestual, entre outros. É necessário portanto, que haja uma emissão clara para que o receptor possa recebê-la de forma adequada. É sempre se grande responsabilidade para quem emite um sinal e de risco para que o irá executar , uma vez que depende de uma interpretação subjetiva. Por isso, a importância das leis e sinais regulamentados através do Código Nacional de Trânsito.

 

3.3 -  Vias - conceitos e tipos

O conjunto de vias, praças e demais logradouros públicos constitui o sistema viário de uma cidade.

A disposição deste sistema, o padrão que forma e planta confere  uma cidade características gerais que lhe permite ser enquadrada totalmente ou parcialmente em um dos seguintes tipos de traçado:

Ortogonal - É o tipo de traçado em que as vias se cortam em ângulo reto, formando blocos retangulares ou quadrados, destinados a edificação. No primeiro caso, o traçado diz-se em grelhas e no segundo, xadrez.

Radial-circular -O aspecto que este traçado assume em planta é de um conjunto de círculos concêntricos e cortado por um certo número de raios ( avenidas ).

A disposição geral permite que se distingam nitidamente as vias radiais e as circulares, sendo que estas últimas são convenientemente denominadas de perimetrais.

Este tipo resulta do desenvolvimento espontâneo das cidades que tende sempre a expandir-se a partir do núcleo de estabelecimento original.

Radial irregular - Quando as vias perimetrais seguem um traçado irregular, as vias radiais assumem um aspecto mais importantes, no conjunto, podendo provocar inconveniências quanto ao tráfego na região central, caso as perimetrais não desempenham adequadamente o papel de ligações entre bairros opostos.

Irregulares e mistos - Quando o sistema viário não puder ser enquadrado em um dos tipos anteriormente mencionadas, assemelhando-se entretanto a um daqueles padrões básicos.

Linear - Quando a distância entre os pontos extremos da área urbana em uma das direções ultrapassa em muito a maior distância na direção transversal.

Racionalmente planejado - Quando o traçado das vias que constituem o sistema viário não obedece a padrões geométricos, senão a condições de ordem funcional.

3.3.1 - Classificação das vias de um sistema viário urbano

As vias componentes do sistema viário, de acordo com suas características físicas e funcionais se enquadram, de uma maneira geral, em uma das seguintes classes:

- via expressa;

- via arterial;

- via coletora;

- via local.

Dependendo do padrão de qualidade construtiva, as vias expressas, arteriais e coletoras são classificadas em 1°, 2° e 3° categorias. Existem também as ¨PARKWAY ¨, construídas com finalidades recreativas.

Via expressa - são vias divididas por canteiro central, bloqueadas ou parcialmente bloqueadas, isto é, sem interseção em nível ou um pequeno número das mesmas, destinadas a atender totalmente ao tráfego de passagem. São estas vias que apresentam maiores capacidades e construídas para velocidade de projeto entre 80 a 110 Km/h.

Via arterial -  são vias divididas ou não por canteiro central, com interseções em nível ( em geral ) destinadas a atender predominantemente ao tráfego de passagem. Apresentam capacidade média a alta, e são construídas para velocidade de projeto entre 50 a 80 Km/h.

Via coletora - são vias divididas ou não, por canteiro central com interseção em nível, destinada a atender tanto ao tráfego de passagem como a acesso a lotes lindeiros. Sua capacidade é de baixa a média e a velocidade de projeto de 30 a 50 Km/h.

Vias locais - são vias destinadas a dar acesso a residências, estabelecimentos comerciais e industriais ou outras propriedades adjacentes ( lotes lindeiros ).

O quadro a seguir resume  sua principais características:

A conexão entre as diversas classes de vias de um sistema viário qualquer de uma cidade não pode ser aleatória para não prejudicar ao seu funcionamento, porém, genericamente, segue a seguinte ordem:

VIA EXPRESSA - conectando com outras vias expressas ou com vias arteriais.

VIA ARTERIAL - conectando com vias expressas, com outras arteriais ou com via coletoras.

VIA COLETORA - conectando com vias arteriais ou com outras vias coletoras e com vias locais.

VIAS LOCAIS -  conectando com vias coletoras ou com outras vias locais.

CLASSE

TIPO

VELOCIDADE DE PROJETO

SERVIÇO OFERECIDO AO TRÁFEGO

ACESSIBILIDADE A LOTES LINDEIROS

FAIXA DE V.D.M. ATENDIDO

CARACTERÍSTICA DA OCORRÊNCIA DE TRÁFEGO

VIA EXPRESSA

Dividida

80 a 110 km/h

prioridade total ao tráfego de passagem

inexistentes

mais que 20.000

FLUXO ININTERRUPTO

ARTERIAL

dividida

 

não-dividida

45 a 80 km/h

 

60 a 100 km/h

prioridade ao tráfego de passagem

são tratados como secundários

5.000 a 30.000

FLUXO INTERROMPIDO APENAS NOS SEMÁFOROS DAS INTERSEÇÕES E PASSAGENS DE PEDESTRES

COLETORA

dividida

 

não-dividida

45 a 80 km/h

 

45 a 80 km/h

prioridades iguais ao tráfego de passagem e a lotes lindeiros

permissão de acesso

1.000 a 12.000

FLUXO INTERROMPIDO

LOCAL

 

não-dividida

 

45 km/h

considerações secundárias ao tráfego de passagem

prioridade de acesso a lotes lindeiros

 

não se aplica

FLUXO INTERROMPIDO

 

3.4 - Gerenciamento de Riscos - Identificação dos Componentes

- Veículo

Equipamentos Obrigatórios - Para que um veículo ofereça condições de uso, é facultada ao proprietário exigências estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito - Seção II

Dos Equipamentos

Art. 92 - São equipamentos obrigatórios:

I) - dos veículos automotores e ônibus elétricos:

a) pára-choques, dianteiro e traseiro;

b) protetores de rodas traseiras dos caminhões;

c) espelhos retrovisores, interno e externo;

d) limpadores de pára-brisa;

e) pala interna de proteção contra o sol  ( pára-sol ) para o condutor;

f ) faroletes e faróis dianteiros de luz branca ou amarela;

g) lanternas de luz vermelha na parte traseira;

h) velocímetros;

i) buzina;

j) dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, independente do circuito elétrico do veículo;

l) extintor de incêndio, para veículos de carga e de transporte coletivo;

m) silenciador de ruídos de explosão do motor, exceto para os ônibus elétricos;

n) freios de estacionamento e de marcha com comandos independentes;

o) luz para o sinal: ¨ PARE  ¨.

p) iluminação da placa traseira;

q) indicadores luminosos de mudança de direção à frente e atrás;

r ) cinto de segurança para árvore de transmissão de veículo de transporte coletivo e de carga;

s) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;

t)registrador de velocidade ( tacógrafo ) que substituirá o velocímetro nos veículos destinados ao TRANSPORTE DE ESCOLARES, e, desde sua fabricação, nos veículos novos destinados ao transporte de PASSAGEIROS COM MAIS DE DEZ LUGARES e ao TRANSPORTE DE CARGA com capacidade máxima de tração ( CMT ) igual ou superior a dezenove toneladas.

II - de reboque e semi-reboque:

a) pára-choque traseiro;

b) protetores das rodas traseiras;

c) lanternas de luz vermelha na parte traseira;

d) freios de estacionamento e de marcha, com comandos independentes, para os de capacidade superior a setecentos e cinqüenta quilogramas ( 750 Kg );

e) luz para o sinal: ¨ PARE  ¨;

f ) iluminação da placa traseira;

g) indicadores luminosos de mudança de direção, atrás;

h) pneus que ofereçam condições mínimas de segurança.

III - de propulsão humana ou tração animal:

a) freios;

b) luz branca ou amarela dianteira e luz vermelha traseira ou catadióptricos das mesmas cores.

inciso:1° - dos equipamentos previstos no item I, não se exigirão:

I- aos ciclomotores, motonetas e motocicletas, os previstos nas alíneas a), b), d), e), j), l), q), r) e t);

II - aos tratores, os previstos nas alíneas a), b), c), d), e), l), q), r) e t)*

inciso:2° - É facultado ao proprietário do veículo de aluguel de duas portas, denominado ¨ TÁXI-MIRIM  ¨, desde que aparelhado com cintos de segurança para passageiros, a remoção do banco dianteiro direito.

inciso:3° - Nenhum veículo poderá ser dotado de equipamento ou acessório de uso proibido pelo Conselho Nacional de Trânsito.

inciso:4° - O Conselho Nacional de Trânsito poderá fixar especificações para os equipamentos de uso obrigatório, bem como exigir o uso de outros

 

3.5 - Elementos do Comportamento Seguro - Quem pratica o comportamento seguro  tem pouca possibilidade de se envolver num acidente. Afinal, dirigir é fazer tudo o que for razoável para evitar acidente. Independente do que dizem as leis, do que façam os outros motoristas ou das condições adversas enfrentadas.

Por isso,  segurança  é uma questão de atitude, é questão de querer agir de maneira defensiva. É questão de cada um adotar um novo padrão de dirigir de se preocupar em dirigir preventivamente, defendendo-se dos acidentes grandes e pequenos.

Essa questão de atitude se caracteriza por cinco elementos: - conhecimento; - atenção; - previsão; - decisão; - habilidade

Conhecimento -          Você conhece as leis e os regulamentos de trânsito? Sabe os procedimentos seguros para ultrapassagem? Conhece o direito de preferência? Sabe como prevenir todas as situações de acidentes?

Atenção - Você está sempre alerta para o que se passa à sua volta? Está consciente das condições de tráfego à sua frente? Olha constantemente pelos espelhos retrovisores e para os lados?

Lembre-se sempre que 04 segundos de desatenção significa quase 90 metros de distância percorrida por um veículo a 80Km/h, antes de se iniciar a ação do mecanismo de freio.

Previsão - Quando está dirigindo, você pode prever o que vai acontecer, ou o que pode acontecer?  A previsão tanto pode ser a curto prazo como a longo prazo. O motorista que faz uma revisão do seu veículo antes de iniciar uma viagem, está fazendo uma previsão a longo prazo (mediata), enquanto que aquele que prevê complicações num cruzamento, uns metros à frente, está fazendo uma previsão, a curto prazo  (imediata).

Decisão - Você sabe o que fazer no exato momento, diante das mais diversas situações? Age com bom senso e rapidez?

Habilidade - Você sabe manejar o seu veículo? Sabe parar, dobrar, seguir em frente, dar marcha à ré e executar bem várias manobras de emergência? As pesquisas têm mostrado que a habilidade não é apenas o resultado da prática, mas o resultado do treinamento adequado mais a prática .

 

3.6 - Condições adversas

O que são? Chamadas de condições adversas as situações causadoras de acidentes que podem ocorrer a qualquer momento e sobre as quais o motorista tem pouca possibilidade de agir. Assim, um motorista não pode alterar as condições do tempo, mas pode usar algumas defesas que amenizem estas más condições do tempo.

Quais são elas? Para qualquer motorista - independente do veículo - existem 6 condições adversas:                                 Luz, Tempo, Via,  Transito, Veículo e Motorista

a. Luz - - A  quantidade de luz, afeta a capacidade de enxergar à noite, as pupilas estão totalmente abertas para poder captar o máximo de luz possível.

- Quando os faróis de outro veículo ofuscam a visão, há uma demora de 4 a 7 segundos para as pupilas se adaptarem novamente.

- Isso significa que se você estiver a 60 km/h, o seu veículo vai percorrer entre 66 a 116 metros sem qualquer visibilidade.

- Para servir de comparação: um campo de futebol mede 110 metros. Nesse espaço poderá ocorrer um acidente, pois você estará dirigindo sem visibilidade.

- Para evitar esse problema siga as regras abaixo:

1. Diminua a velocidade - aumente a distância em

relação ao veículo que segue á sua frente.

 2. Olhe para a direita, para a guia da rua.

 3. Nunca olhe diretamente para os

faróis do outro veículo.

- Outro problema com luz, pode ser a falta dela. Isso ocorre principalmente em dias nublados e ao entardecer no lusco-fusco.

- Mas lembre-se:    A falta de luz afeta também os outros motoristas, por isso vá devagar quando não houver luz suficiente.

- Caso você use óculos escuros para dirigir, não os use em situação de pouca luz.

- A luz do sol também pode prejudicar a visão quando incide diretamente sobre os olhos. Nesse caso, não deixe de usar o quebra-sol e dirigir mais devagar. Caso a luz do sol esteja às suas costas, lembre-se que ela incide diretamente sobre os olhos dos motoristas que vêm em sentido contrário. Nesse caso preste mais atenção a esses veículos, estando preparado para sair à direita se necessário.

b.  Tempo - - A chuva e a neblina podem favorecer uma derrapagem, além de dificultar a visibilidade geral nas ruas e avenidas. Nessas condições, portanto, é necessário manter os vidros limpos e desembaçados para não prejudicar ainda mais a visão.

- Com a chuva é necessário uma distância maior para frear o carro. Aumenta também o perigo de derrapagens, porque diminui a aderência do pneu com a pista. No início da chuva, a água mistura-se com o pó, o óleo, os combustíveis impregnados no solo, formando uma camada deslizante e exigindo o máximo cuidado dos motoristas. Quando a chuva é fraca a falta de aderência se prolonga. Com a chuva forte, este problema tende a desaparecer, mas pode surgir outro: a aquaplanagem ou hidroplanagem.

- Aquaplanagem ou hidroplanagem, é dirigir sobre uma fina lâmina de água. Isto significa que os pneus não estão em contato com a superfície da rua.

- A aquaplanagem se forma pela combinação de quatro fatores:

1. Velocidade muito alta

2.  Muita água no chão

3. Pneus muito lisos, sem sulcos suficiente para afastar a água entre os pneus e pista

4. Óleos e resíduos na pista.

- Por isso, quando dirigir na chuva, lembre-se:

- Diminua a velocidade, aumentando a distância do veículo que segue à sua frente.

- Havendo derrapagem, não freie, mas tire o pé do acelerador e vire as rodas da frente  para o mesmo lado que está derrapando a parte traseira.

- Fique alerta com os motoristas ao seu redor, pois eles podem perder o controle.

c.   Via -  Por via entende-se a pista de rolamento dos veículos, sejam ruas, avenidas ou estradas.

- O estado como uma via se apresenta pode ser causa de acidentes. Uma via esburacada, com óleo na pista, facilita a ocorrência de acidentes. O traçado das vias também podem favorecer a ocorrência de acidentes. Uma via com curvas, por exemplo, requer muito cuidado, pois dirigir em curvas é diferente do que dirigir em via reta. Para dirigir bem em uma via com curvas, siga as seguintes instruções:

- Procure divisar as curvas, antes de entrar nelas, para ter tempo de diminuir a velocidade.

- Freie sempre antes e faça a curva pisando levemente no acelerador.

- Nas curvas para a direita, mantenha o veículo mais à direita da pista.

- Nas curvas para a esquerda, coloque o veículo no centro de sua faixa de rolamento

Finalmente lembre-se: o fato de você conhecer o caminho não lhe dá nenhuma garantia de que não ocorrerá acidente.

d.   Trânsito -  Dirigir nas grandes cidades não é fácil em função do trânsito que é mais pesado e intenso.

- Assim, nesse trânsito pesado e complicado, um motorista precisa cultivar a virtude da paciência. Não adianta ficar irritado, buzinar, xingar e fazer outras coisas semelhantes. Não é por já estar ruim, que o motorista vai complicar ainda mais. Mesmo no trânsito congestionado preste atenção, pois um pequeno acidente pode tornar as coisas piores.   

e.   Veículo - O veículo, se não estiver em boas condições de trafegar, também pode ser causador de acidentes e incidentes. Para que isso não ocorra, antes de por seu veículo em movimento, na primeira viagem, verifique os seguintes  itens:

- Espelhos: os retrovisores devem estar limpos e posicionados corretamente.

- Freio: verificar se respondem ao comando, ficando numa baixa velocidade no início de sua viagem.

- Luzes: testar faróis baixos, lanternas, luz de freio e luzes dos piscas.

- Assento: regule-o para seu tamanho, de tal forma que você se sinta confortável ao dirigir.

- Limpador de pára-brisas: verifique se funciona normalmente.

- Buzina: veja se está funcionando.

- Esses itens, que podem ser verificados rapidamente, poderão ajudar você a dirigir mais tranqüilamente, se estiverem todos em boas condições. Mesmo que você pegue o mesmo carro todos os dias, faça verificação, porque outros motoristas podem ter usado o mesmo carro e não ter tido o mesmo cuidado.

f. Motorista - existem fatores que interferem diretamente no desempenho das atividades. O pior inimigo do motorista, sem dúvida é o álcool, uma vez que ele atinge o cérebro afetando as decisões e os reflexos, desenvolvendo ainda, um falso senso de autoconfiança.

As drogas, como o álcool, apresentam uma sensação de euforia, a pessoa perde o controle do comportamento, afetando seu poder de concentração, não devendo dirigir em hipótese alguma sob seu efeito.

O uso de remédios, é outro fator, mesmo ministrado pelo médico, é necessário informar-se de seus efeitos colaterais, e se os mesmos não irão afetá-lo no ato de dirigir

 

3.7 - Fatores: visibilidade, distância, velocidade - Buscamos sempre evidenciar o motorista defensivo, este evita acidentes facilmente.

A distância de seguimento deve ser observada para que haja a distância de parada, distância esta que evitaria a colisão. Dentro desta distância de parada temos a Distância de Reação, que é aquela  percorrida pelo veículo enquanto o motorista tira o pé do acelerador para colocá-lo no freio, porém, cada pessoa é única, e sua atitude é variável, portanto, o tempo de reação também é variável, ficando evidente que a causa básica de colisão neste caso é dirigir muito próximo ao veículo da frente.

A surpresa é o elemento básico causador de acidentes, para manter uma distância ideal, marque um ponto de referência e comece a contar pausadamente: cinqüenta e um, cinqüenta e dois, essas seis palavras representam 2 segundos, significa que você está mantendo uma distância segura, do contrário, se não terminou de falar e já alcançou o ponto de referência, significa que  a distância do seu veículo para o veículo da frente, é pequena, portanto, não haverá tempo para eventuais manobras.

A velocidade é outro causador de altos índices de acidentes. É proibido transitar em velocidade superior à permitida, para tanto, nas vias urbanas, aquelas situadas no perímetro urbano, a velocidade será devidamente definida por lei municipal.

Nos trechos rodoviários, que possuam em suas margens núcleos habitacionais, postos de abastecimento, ou qualquer outra atividade comercial ou industrial, a velocidade máxima permitida será fixada de acordo com as condições técnicas estabelecidas na Resolução n° 676/86.

Parágrafo único -  Além das condições técnicas previstas nos Anexos da presente Resolução, deverão ser considerados o VDM ( Volume Diário Médio de Freqüência de Veículos ), as condições de conservação de pista de rolamento, do acostamento, da sinalização, além de outras que possam afetas a segurança do trânsito.

 

3.8 - A direção em situações de risco - Nosso trabalho, tem como base a prevenção. São várias as precauções que devemos tomar no decorrer do nosso percurso, mesmo que não tenhamos conhecimento da mecânica, para que não sejamos pegos de surpresa.

Cada um de nós, tem condições de melhorar, para o progresso do bem comum. Sem cometer erros ao dirigir, significa:

*      sem infringir o trânsito;

*      sem abusar da velocidade;

*      sem faltar com os hábitos de cortesia;

*      sem causas acidentes

Quando houver situações de emergência, tais como:

à       situações de risco: físicas, climáticas, pessoais, outros condutores, visibilidade, distância, velocidade, precisamos acionar nosso sistema de controle de situações, sem contudo, querer saber quem é o culpado, mas sim, quem poderia ter evitado o acidente.

à       O condutor precisa manter-se alerta, para tanto, quando o cansaço e o sono lhe impedirem de desempenhar sua tarefa, não siga em frente, apenas descanse, recupere-se.

O condutor não poderá alterar as condições climáticas, porem, poderá diminuir a velocidade, não olhar diretamente para os faróis baixos acesos ( para o caso de neblina ) à luz do sol, usar o quebra-sol, cuidar outro problema, chamado aquaplanagem ou hidroplanagem ( uma fina lâmina de água sobre a via ), estar atento para os efeitos das queimadas ( fumaça ) bem como máquinas agrícolas, correntes de vento, e o uso de álcool, drogas ou medicamentos que venham a alterar o seu desenvolvimento na condução do veículo.

Devemos sempre procurar nos ajustar às condições da estrada, observando á frente, prevendo situações difíceis, sendo cauteloso, e não esquecendo a situação do seu próprio veículo, ele deve apresentar-se em bom estado de circulação para que possa reagir com eficiência a todos os comandos, sendo impossível dirigir com cautela num veículo com defeito.

·    estado do condutor é fundamental, ele precisa encontrar-se física e mentalmente equilibrado e apto a conduzir seu veículo, colaborando sobre maneira para um trânsito ajustado e seguro.

 

3.9 - A prevenção de acidentes - método básico - O método básico de prevenção de acidentes consiste em três ações interligadas, a saber:

Preveja o perigo - Pense no que vai acontecer, ou no que poderá acontecer, com a maior antecedência possível.

Comece a ver ou prever o perigo muito antes do local de um possível acidente; antes mesmo de sentar-se ao volante, fazendo-se um levantamento mental das condições que serão encontradas pela frente.

Enquanto espera que  ¨a máquina esquente ¨  antes de iniciar a viagem, preveja mentalmente as condições adversas que poderão ser encontradas no seu caminho, bem como as ações incorretas que poderão ser praticadas por outros motoristas.

Descubra o que fazer - Há maneiras mais adequadas para se enfrentar cada situação específica. Aprenda-as bem para aplicá-las no momento necessário.

Quase sem exceção, os acidentes resultam de um erro do motorista. O mesmo erro que produz um acidente leve, pode causar um acidente fatal: a gravidade é determinada pela ocasião. Isso quer dizer que cada acidente, mesmo pequeno, cada ¨barberagem ¨ ou ¨ bandalha¨   merece ser revista, para se determinar qual foi o erro, quem errou e porque - de modo que se possam tomar providencias para se afastar a possibilidade de repetição, talvez com conseqüência mais sérias, quem sabe, até mesmo fatais.

Ainda que você saia dessa análise legalmente inocente, o fato de você ao volante, ter permitido que houvesse o acidente já indica, por si só, que você não agiu em tempo, ou não sabia como se defender ou ainda, desconhecia o perigo. lembre-se que, para estar preparado para iniciar uma viagem, você deve prever mentalmente o que poderá acontecer e, portanto, é mais fácil descobrir o que fazer, ou seja, saber como se defender.

Aja a tempo - Uma vez que você já conhece o perigo e sabe que defesa deverá empregar, aja. Jamais assuma uma atitude de ¨ esperar para ver o que acontece ¨.

Grande parte dos acidentes ocorrem porque o motorista, mesmo percebendo o perigo, espera que o outro envolvido na situação tome providência.

Não se iluda. Não pense que tudo vai dar certo. Aja como se o acidente estivesse quase acontecendo. Na verdade, ele pode mesmo ocorrer. Aja... enquanto é tempo.

Tempo e distância - Entre você ver o perigo que está a sua frente, pensar o que tem  que fazer e agir decorre um espaço de tempo e distância.

Caso o seu agir seja frear o carro, existe também um tempo entre você pisar no breque e o carro parar

Assim temos:

Tempo de reação

distância de reação

Tempo de freagem

distância de freagem

Tempo de parada

distância de parada

Tempo de Reação (TR)

é o tempo que transcorre desde que o perigo é visto, até que o motorista tome providência.

Tempo médio de Reação (TMR)

é o tempo que um motorista em estado normal leva para reagir. Demora ¾ de segundos.

Distância de Reação (DR)

é o espaço que o veículo percorre durante o tempo de Reação.

Tempo de freagem (TF)

é o tempo gasto entre pisar no freio e o veículo parar.

Distância der freagem (DF)

é o espaço que o veículo percorre durante o tempo de freagem.

Tempo de Parada (TP)

é o tempo gasto desde que o motorista percebe o perigo, até o veículo parar. É o resultado de TR  +  TF.

Distância de Parada (DP)

é o espaço que o veículo percorre durante o tempo de parada. É o resultado de DR  +  DF.

Tabela de distância de parada

VEÍCULO

VELOCIDADE      (km/h)

DISTÂNCIA DE REAÇÃO (3/4s)

DISTÂNCIA DE FREAGEM

DISTÂNCIA DE PARADA

Automóvel

32

6.66

5.34

12.00

06.00m

48

10.00

8.00

18.00

 

64

13.33

10.67

24.00

 

 

 

 

 

Caminhão

32

6.66

17.34

24.00

12.00m

48

10.00

26.00

36.00

 

64

13.33

34.67

48.00

 

 

 

 

 

Ônibus

32

6.66

14.66

21.32

10.66m

48

10.00

21.98

31.98

 

64

13.33

29.31

42.64

 

 

 

 

 

CAMINHÃO

32

6.66

29.34

36.00

18.00m

48

10.00

44.00

54.00

 

64

13.33

58.67

72.00

Dessa forma, gerenciar riscos caracteriza-se em perceber antecipadamente o perigo e agir pronta e habilmente para evitá-los ou controlá-los.

 

3.10 - Distância de seguimento  - A distância  de seguimento é o espaço entre um veículo e o que vai imediatamente à sua frente.

Essa distância é muito importante, pois ajuda a evitar colisões. Porém como calcular essa distância? Existe uma regra muito fácil, a regra dos dois segundos, que funciona assim: Observe o veículo que vai à sua frente e marque um ponto fixo, como uma placa de sinalização, um poste, etc. Quando o veículo  da frente passar pelo ponto fixo marcado, comece a contar: cinqüenta e um, cinqüenta e dois. Essas seis palavras representam dois segundos.

Se a frente do seu carro passar pelo ponto marcado antes de você terminar de falar as seis palavras, significa que você está seguindo o carro da frente com uma distância de seguimento inferior à necessária. nesse caso reduza a velocidade do seu veículo para a distância seguimento.

Todavia, a distância de seguimento é proporcional ao veículo. Assim, 2 segundos valem para veículos pequenos de até 6 metros de comprimento.

3.11 - Velocidade associada ao poder - Todo o condutor, deverá ter, em todas as circunstâncias o domínio de seu veículo de maneira que possa acomodar-se às exigências da prudência e estar sempre em condições de efetuar as manobras necessárias.

A atenção deverá voltar-se, quando regular a velocidade de seu veículo, para a disposição do terreno, o estado da via, as condições atmosféricas  e a intensidade do trânsito, dentro do seu campo de visibilidade, bem como, qualquer outro obstáculo.

Além de ter o domínio de seu veículo, o condutor deverá ter a consciência das possibilidades do mesmo, bem como do poder que exerce sobre ele.

A velocidade associada ao poder mostra em toda sua dimensão o perfil psicológico do condutor, é quase impossível dissociar abuso de poder no trânsito do  abuso de poder na vida profissional e pessoal.

O ser humano é dotado de algumas necessidades que motivam o seu comportamento, sendo que, é justamente no convívio com outras pessoas que ele encontra a satisfação dessas necessidades.

Se ele encontra dificuldades de se comunicar, de estabelecer uma relação sadia com a comunidade, aflorarão certos fatores de sua personalidade que irão tornar difícil seu relacionamento interpessoal, desta maneira, ele irá criar certos mecanismos de defesa, dentre eles, encontramos a auto-afirmação, aquela ação negativa que muitas vezes faz com que o condutor esqueça as regras de boa educação, e encontre no trânsito uma saída para sua necessidade de afirmação.

A mesma habilidade que devemos ter ao conduzir nosso veículo nosso veículo, com atenção, concentração, segurança e perícia, devemos ter com as necessidades que motivam o nosso comportamento e que são fatores integrantes da nossa personalidade.

 

3.12 - Sinalização de trânsito

- Definição e Importância

Placas de Regulamentação - São encontradas normalmente no perímetro urbano, onde há maior número de direções e situações diferentes. Servem para informar as restrições e proibições  na via em circulação. Tem fundo branco, circundadas de vermelho e com símbolos e letras pretas.

Placas de Regulamentação - São encontradas normalmente no perímetro urbano, onde há maior número de direções e situações diferentes. Servem para informar as restrições e proibições  na via em circulação. Tem fundo branco, circundadas de vermelho e com símbolos e letras pretas.

Placas de Sentido e Distância  Normalmente são verdes com letras e algarismos brancos, indicando além da cidade, a direção que se deve tomar e a distância em quilômetros.

Placas de Informação sobre serviços: - Indicativas de serviços auxiliares - Tem coloração azul com  quadrado branco contendo um desenho que simboliza o serviço que está sendo oferecido.

Placas Educativas - São de cor branca com letras pretas. Trazem frases curtas que lembram regras essenciais do trânsito, de boa educação e até normas ecológicas para preservação ambiental.

Sinalização Horizontal - Linhas demarcatórias

Faixa contínua :é proibida a ultrapassagem quando esta sinalização estiver presente na mão de direção utilizada.

Faixa  seccionada ou descontínua: prevê a ultrapassagem ao veículo que estiver naquela mão de direção.

Ultrapassagem permitida quando a faixa descontínua estiver do lado do condutor

A sinalização horizontal ainda é caracterizada pelas faixas de pedestre, os sinais e as palavras inscritas no solo.

 

Sinais Sonoros - Apitos do policial de trânsito

Sinais de Apito

 

Significação:

comportamento

Usado para:

um silvo breve

atenção SIGA

mudar a direção do trânsito

dois silvos breves

PARE

fiscalização de documentos ou outros afins

três silvos breves

acenda o farol

sinal de advertência. Obedeça a intimação

Um silvo longo

diminua a marcha

diminuir a marcha dos veículos

um silvo longo e um breve

trânsito impedido em todas as direções

a aproximação do corpo de bombeiros, ambulância, veículos da polícia, de tropas, de funerais ou representações de oficiais

três silvos longos

motoristas apostos:

os motoristas que estão fora do carro devem sentar-se ao volante

nos estacionamentos à porta de teatros, campos desportivos, etc.

Sinais de Braço - condutor do veículo

 

 

 

Braço esquerdo sem movimentar-se aponta para esquerda. O condutor quer fazer uma curva para a esquerda

 

 

 

 

Braço esquerdo sem movimentar com a mão e antebraço para cima. O condutor quer virar para a direita

 

 

 

Braço esquerdo se movimenta para cima e para baixo várias vezes. O condutor vai diminuir a marcha e provavelmente vai parar

 

 

Sinais de Braço - Autoridade policial

 

 

 

 

 

O braço direito reto para cima é uma ordem para parar obrigatoriamente.

 

 

 

 

 

 

 

 

Os dois braços estendidos para os lados, horizontalmente, são uma ordem de parada para todos os veículos que vêm na direção da frente ou das costas do policial

 

 

 

 

 

 

 

O braço esquerdo estendido é uma ordem de parada para todos os veículos que vão reto na direção do braço esquerdo do policial.

 

 

 

 

 

 

O braço direito estendido é uma ordem de parada para todos os veículos que vão na direção do braço direito do policial.

 

 

 

Sinais Luminosos de controle de veículos:

Os semáforos para veículos, também chamados de faróis ou sinaleiras, são colocados nas esquinas ou em cima da via onde são mais visíveis aos condutores. Seu objetivo é tornar a circulação mais fluente e segura nos cruzamentos e locais de difícil tráfego.

VERMELHO: sempre exige o comportamento de PARAR.

VERDE: indica que o condutor pode SEGUIR.

AMARELO: indica ATENÇÃO e anuncia a chegada do vermelho.

Os sinais luminosos além do controle do fluxo de veículos, podem ser para controle do fluxo de pedestres e de advertência.

Posição correta das mãos do condutor ao volante: - Compare o volante do veículo com o relógio  de marcadores de hora e minutos – Para tanto,  a posição corrente seria 10 horas(mão esquerda) e 10 minutos(mão direita).


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